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terça-feira, 27 de abril de 2010


Certa vez quando as rosas despertaram
O aroma ávido da vida se fez presente
E meus passos refletiam
A noite eterna
O sorriso refletido no sorriso
A leveza das lembranças
Ou o descampado e despreparado coração.

O aroma tinha a presença
Da primavera e suas flores
De sonhos que adormeciam a alma
Revelando a sintonia
Trazida através do olhar.

E o aroma era também o adeus.
A despedida pronunciada
Irremediável de outrora
Quando mesmo bruta e intocável
Traduz o brilho de além.

O aroma tornou-se
Eu tornei-me
Por isso ando por onde vamos
Onde a brisa traduz o vento
Ou a tempestade indica as estrelas.
Ando aonde anda meu coração.

C.M.A


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