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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A BOLINHA DE PAPEL

A caneta caiu de ponta no papel.
Peguei a folha, fiz uma bolinha
E joguei-a, despretensiosamente,
Em direção ao céu.

O vento veio de qualquer direção,
Empurrou a bolinha pra cá e pra lá
E ela foi de encontro ao chão.

De longe, eu observava aquele movimento,
O papel riscado, o bailado da bolinha
Flutuando no ar ao sabor do vento,
Cujo sibilar eu ouvia.
E a bolinha que ia e vinha
Até ir de encontro ao chão,
Da minha vida, lembrar fazia.

Sou como aquela bolinha,
Jogada num céu chamado Mundo,
Levado pelo vento do Destino
Para um lugar Incerto,
Muito longe ou perto,
Desde que não seja, apenas, Chão,
Riscado pela Experiência
Dos anos vividos com Emoção.


 Paccelli José Maracci Zahler