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quarta-feira, 11 de maio de 2011

DONA DE MIM


Quero fazer uma poesia de qualquer jeito
Sem rima, sem graça, esculachada.
Sem sentido, sem ritmo.
Sem cara e mandando vê no que penso e sinto.
Quero fazer uma poesia pra escancarar com tudo
Falar o que penso da miséria humana,
Dos restos,
Das migalhas,
Das mentiras.
Coisas sem nexo,
E o sexo,
A fala,
O amor e a dor
A intersecção
Quero olhar nos olhos dos prepotentes,
Dos ausentes,
Dos vazios,
Dos tolos
E deixar bem claro que não tenho medo.
Quero seguir meu caminho,
Seja ele qual for.
Quero cruzar o rio,
Quero escalar a montanha,
Cair de cara.
Quero ser eu apenas,
Apenas eu...
Sendo o que sou pra todos
Sem precisar mudar nada para agradar alguém
Porque sou assim
Dona de meu destino,
Dona de mim.

Por: Francini Virag