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domingo, 13 de dezembro de 2009

Erva-da-trindade ( Fernando Oliveira )



Com as minhas mãos em concha dou-te de beber.

No adeus da tua sequidão
mimarei as tuas folhas
com a textura cetim
da minha fértil epiderme.

Acaricio a tua superfície macia
procuro o teu âmago
onde deixarei uma mensagem
húmida e perfumada.

"De sede nunca murcharás enquanto eu tiver."