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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Meu sol

Nem pediu licença,
Foi logo invadindo,
Chegou faceiro,
Menino atrevido,
Sentindo-se em casa,
Janelas abrindo,
Enchendo de luz
Sem ter candeeiro.
Vestiu-se de flores
De todas as cores,
E perfume espalhou
Inebriando os sentidos,
Falou de poesia,
Cantou louvores,
Chorou de alegria,
Recolheu os gemidos.

 
E como magia,
Expulsou toda dor,
Anjo de candura
Devolveu a esperança,
Encheu de melodia
O coração sem vigor
Conduzindo-o com ternura
Numa sensual dança.

 
Feito sol brilhante
À minh’alma trouxe vida
E, gargalhando, a fez sorrir.
Às sombras dissipou,
O frio mandou embora
Curando toda ferida,
E naquele dia ela jurou:
Esse amor é meu agora!
(Lídia Sirena)