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domingo, 7 de março de 2010

LUA



Rasgando o negro véu da noite surge a lua
Eterna musa inspiradora do poeta
Que o acompanha pelas noites solitárias
Com seus intentos rapidamente se entrosa
Somente para ser cantada em verso e prosa.

Lua discreta que desponta sorrateira
E a face oculta da noite vai descobrindo
Com as estrelas tem grande cumplicidade
Flagram juntas o que é feito às escondidas
Enquanto o sol a sono solto está dormindo.

Lua silente, testemunha dos amantes
Ouvidora de suas juras e sussurros
Conhecedora de seus velados segredos
E de seus tantos devaneios incessantes.

Lua que brinca de se esconder do sol
E ao redor da terra gosta de viajar
Lua atraente que o homem busca alcançar
Para um por um de seus mistérios desvendar.

Lua que é tema de inesquecíveis canções
Violeiros por ela são inspirados
Há quem diga que ela acalenta sonhos...
Há que afirme que ela é dos namorados.

Irresistível tomar um banho de lua
Apreciar o belo luar do sertão
Dedilhar a viola enluarada
Deixar a lua se transformar em canção.

Lua que rege, que governa, que domina...
Que embriaga, que inspira e que seduz,
Seja crescente, cheia, nova ou minguante
Seja do ébrio, do poeta ou dos amantes.
(
Lourdes Neves Cúrcio)