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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Noturno

Tabletes de trevas
iluminam mais os meus pés
que a volúpia das águas- chama marinha;
iluminam o canto e o mundo
com seus versos de límpido adorno,
iluminam os homens que brotam das sombras.

Das árvores escuras e espessas
onde guardam os seus sonhos as claras estrelas,
meu brado alcei:
lágrimas e flores colhi em camponesa alma
e, entre árduos mineiros e letras errantes,
a filha encontrei
amamentando os séculos e os anjos num peito aberto
[ de etérea mãe.