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domingo, 23 de agosto de 2015

Pequenos poemas

Respiro o vento, e vivo de perfumes
No murmúrio das folhas de mangueira;
Nas noites de luar aqui descanso e a lua enche de amor a minha esteira.

Álvares de Azevedo


Cantigas leva-as o vento...

A lembrança dos teus beijos
Inda na minh'alma existe,
Como um perfume perdido,
Nas folhas dum livro triste.

Perfume tão esquisito
E de tal suavidade,
Que mesmo desapar'cido
Revive numa saudade.


Florbela Espanca

sábado, 22 de agosto de 2015

O Meu Amor Existe

O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina

O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.


Jorge Palma

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Pensamentos

"Alguém que você não pode ver, manda um beijo que você não pode sentir...mas que te ama de um jeito, que você pode imaginar!"  Desconhecido

“Como um Beijo,
Que com o sopro do vento
Foi roubado da imaginação. ”  Flávia


"Custa, quando olho para a frente e vejo obstáculos . Orgulho-me quando olho para trás e os vejo derrubados ."  Flávia


" Não importa quantas pessoas te admiram, mas sim quantas pessoas te respeitam! "
Flávia

"aonde quer que eu vá...Como posso despedir-me de ti, se levo-te sempre no olhar?"   Desconhecido

 "o que fica...foi tu que fez-me ver a poesia da vida. que fez-me sentir na pele cada verso. que abriste portas que nunca hão de se fechar..."  Desconhecido

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

dentro de nós

O que nos chama para dentro de nós mesmos
é uma vaga de luz, um pavio, uma sombra incerta.
Qualquer coisa que nos muda a escala do olhar
e nos torna piedosos, como quem já tem fé.
Nós que tivemos a vagarosa alegria repartida
pelo movimento, pela forma, pelo nome,
voltamos ao zero irradiante, ao ver
o que foi grande, o que foi pequeno, aliás
o que não tem tamanho, mas está agora
engrandecido dentro do novo olhar.


Fiama Hasse Pais Brandão