como se não houvesse medos
movo-me
entre ramos debruados
por um tempo que retenho
dentro de um lugar sem tempo.
Desfaço-me
espiral de cinzas pedaços que sobraram
de um sonho a arder numa tela.
A memória a desenhar os rostos
a vida suspensa nos lábios do vento.
Caem sombras a meus pés
desprende-se o grito
a desilusão por detrás do espelho.
E no vazio que emerge de um tempo incompleto
olho-me decifro-te na solidão do verso
a esmagar o mito.
E o rio a escorregar exangue em degraus de mármore
e o céu a ser invisível a tombar pôr do sol e mar
sobre o silêncio das árvores.
by ,Brígida Luz
movo-me
entre ramos debruados
por um tempo que retenho
dentro de um lugar sem tempo.
Desfaço-me
espiral de cinzas pedaços que sobraram
de um sonho a arder numa tela.
A memória a desenhar os rostos
a vida suspensa nos lábios do vento.
Caem sombras a meus pés
desprende-se o grito
a desilusão por detrás do espelho.
E no vazio que emerge de um tempo incompleto
olho-me decifro-te na solidão do verso
a esmagar o mito.
E o rio a escorregar exangue em degraus de mármore
e o céu a ser invisível a tombar pôr do sol e mar
sobre o silêncio das árvores.
by ,Brígida Luz