![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-CAoPrjhxBFwqZaRDGVT-uuL_0QrXXTPDljv5YCwf6fzBha4cL2qxXBlGFsuEGpS50dxt55GgoLU8kWC6qrOeYMIPphyHeikF5J642nQ4d_B61ymwH0no8PlesmFMDCVDyyiY83LAmQCc/s320/images.jpg)
e ela resiste à mão que a desvia; mas
procuro acertar no seu ângulo, e entre-
ver a fresta por onde o amor corria.
Beijo essa mão e ela abre o caminho
para onde me encontro e me perco,
bebendo desse cálice o puro vinho
que me liberta sem sair do cerco.
Amo a tua mão que me guia e prende,
a doce mão de tão finos dedos
a que o meu desejo se rende;
e ao procurá-la, sabendo o que me faz,
deixo que me ensine os seus segredos,
e guardo-a na minha, quando ma dás.
Nuno Júdice