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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Apenas Um Soneto

Não sou o nobre de nome Ventania,
Para enriquecer teu momento inquieto. 
Não há brilho de pepitas em meu teto, 
Nem força a aquecer tua hora sombria.

Engano! Sou plebeu. A verdade fria!... 
Pensavas que eu fosse o esguio discreto. 
Não tenho ouro. Meu cofre é meu afeto;
Não te darei um “Cadillac” de alegria! 

Meu coração chora sem o teu abrigo;  
Meu coração em festa sonha contigo. 
Minh’alma lamenta!... Um grito profundo!...

O tempo me corrói rumo ao descanso
Urge viver. Chegará o remanso... 
Tua marca-d’água está no meu mundo!

Machado de Carlos

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